Brasil cria regras para inteligência artificial com projeto inovador
O Brasil deu um importante passo na regulamentação da inteligência artificial (IA). Na última quinta-feira, 5, a comissão provisória aprovou o projeto de lei que estabelece diretrizes para o uso da tecnologia no país. Apresentada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e relatada por Eduardo Gomes (PL-TO), a proposta segue agora para votação no plenário do Senado. Se aprovada, será enviada à Câmara dos Deputados para análise.
Sistema Nacional de Regulação e Governança
Primeiramente, o projeto prevê a criação do Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA).
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) coordenará o sistema, supervisionando e garantindo a aplicação das regras. Entre os principais pontos da proposta, está a exigência de remuneração para criadores de conteúdos usados no treinamento de IA.
Entretanto, conteúdos utilizados em contextos não comerciais, como em museus, bibliotecas e instituições científicas, ficam isentos dessa regra.
Regras definidas por níveis de risco
Além disso, a proposta classifica os sistemas de IA com base no nível de risco:
- Sistemas de alto risco: Incluem tecnologias como veículos autônomos, ferramentas de recrutamento, seleção educacional e serviços públicos essenciais. Esses sistemas deverão passar por testes rigorosos de segurança, além de medidas que impeçam discriminação.
- Sistemas de risco excessivo: O governo proibirá ferramentas como IA para avaliar risco criminal ou restringir o acesso a bens e serviços, justamente devido ao alto potencial de abuso.
Incentivo à inovação
Apesar das restrições, o projeto também prevê um regime simplificado para projetos de interesse público e pesquisa científica. Essa abordagem busca incentivar a inovação sem comprometer a segurança e os direitos fundamentais.
Um marco para a IA no Brasil
Em suma, a aprovação do projeto representa um marco no uso da IA no Brasil. Ao equilibrar inovação com proteção, o país dá um exemplo ao criar regras que estimulam o avanço tecnológico sem deixar de lado a ética e a segurança. Caso aprovada, a lei poderá impulsionar o mercado tecnológico brasileiro e, além disso, servir como modelo para outras nações em desenvolvimento.
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